67% dos portugueses com literacia em saúde razoável a muito boa

23.11.2021

O estudo “A Saúde dos Portugueses", realizado no âmbito dos 25 anos da Médis, em colaboração com a Return On Ideas, procurou saber o nível de literacia em saúde dos portugueses, se estes procuram informação sobre saúde e, se sim, onde.

Na autoavaliação que fazem da sua literacia, ou seja, da sua capacidade de compreender e de avaliar sintomas e temas de saúde - numa escala de 1 a 10 - os portugueses inquiridos dizem estar nos 6.3. 40% dos inquiridos consideram ter uma literacia em saúde razoável e 33% admitem ter dificuldades ou baixa literacia. No entanto, ainda há 11% que consideram a sua literacia em saúde “muito boa”.

literacia

No estudo, mais de metade dos inquiridos (80%) revelam que procuram informação sobre saúde. Destes, apenas 12% dizem fazê-lo com frequência, 40% quando têm uma dúvida ou um problema e 29% admitem que o fazem raramente. Quanto à informação que procuram, 60% dos portugueses falam em "informação genérica", 36% em "informação específica sobre doenças para compreender melhor a linguagem médica" e 28% dizem procurar informação "específica sobre medicamentos" ou para "prevenir doenças".

Quando querem saber mais sobre saúde, o contacto direto com médicos ou profissionais de saúde revela-se a forma privilegiada de obtenção de informação (62%). Seguem-se os websites (34%; mas ainda com grande incidência nos mais jovens - 54%), os motores de busca (31%), os documentários e reportagens (26%) e os websites de prestadores privados (21%).

O estudo revela ainda que a procura de informação sobre saúde mantém-se estável para 61% das pessoas, enquanto aumenta para 35%. Para 45% dos inquiridos há hoje uma maior exigência e atenção à credibilidade das fontes de informação online.

procura de informação

Os resultados do estudo não sugerem correlações entre literacia e a escolaridade ou mesmo a idade. Contudo, por outro lado, o estudo mostra existir uma correlação entre o esforço para se ser saudável e o nível de literacia em saúde, ou até mesmo entre as idas à urgência e o nível de literacia, diminuindo as mesmas na proporção do nível de literacia. Isto vem demonstrar a pertinência do tema e a necessidade de reforçar o nível nacional de literacia em saúde.

Sobre o Estudo

“A SAÚDE DOS PORTUGUESES – UM BI EM NOME PRÓPRIO” é o primeiro estudo do projeto Saúdes.
Foi seguida uma metodologia quali-quanti: num primeiro momento, com recurso a 22 entrevistas individuais aprofundadas (4 das quais a profissionais de saúde), observou-se o impacto que a vivência pessoal tem na saúde; a metodologia quantitativa que se seguiu, com entrevistas a 1.209 portugueses, numa amostra representativa da população portuguesa, permitiu mapear e aprofundar a realidade encontrada.
O trabalho de campo decorreu em out/nov 2020 (qualitativo) e, posteriormente, janeiro de 2021 (quantitativo).

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