Estreou-se como ator na Companhia Rey Colaço – Robles Monteiro, onde esteve 9 anos. Já como encenador profissional, estreia-se no Teatro Experimental do Porto, com a peça Carta Perdida, de Caraggiale, provocando grande agitação e envolvendo grande número de meios nos seus espetáculos. Gil Vicente é o autor que dirige a seguir.

Em 1964, é Diretor do CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. Aí, encena As Bodas de Sangue, de Federico García Lorca, com música de Carlos Paredes.

Em 1965, foi um dos fundadores do Teatro Experimental de Cascais. Depois do colapso de algumas companhias do chamado teatro de ensaio, em que apenas sobrevivia o Teatro Estúdio de Lisboa, o TEC trouxe uma nova dimensão ao teatro, atraindo ao seu projeto alguns dos maiores vultos da cultura portuguesa e uma corrente de público que se comprazia no que de inovador havia na Companhia de Cascais.

Têm sido muitos os espetáculos que aqui encenou, destacando-se, entre estes: D. Quixote, Fedra, Ivone, Princesa de Borgonha, Fuenteovejuna, Galileu, Galilei, O Balcão, A Morte de Danton, Rei Lear, Os Biombos, La Nonna, O Dia de uma Sonhadora, Lorca, Federico, Os Negros, CasamentoDoce Pássaro da Juventude, Auto do Solstício do Inverno, Inês de Portugal, A Cozinha, João Bosco - Rebelde Sonhador, D. Carlos, Muito Barulho Por Nada e Rosencrantz e Guildenstern estão mortos, Woyzeck, Peer Gynt, Macbeth, Tempestade, Cais Oeste, Splendid’s e Os irmãos karamazov.

Com o TEC apresentou alguns dos seus espetáculos em Espanha, França, Itália, Hungria, Brasil, Estados Unidos da América, Japão, Angola e Moçambique.

Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhou em França com Peter Brook e Jerzi Grotowsky, e na Polónia, com uma bolsa concedida pelo Instituto da Alta Cultura.

Em 1970, foi Diretor Artístico e responsável pelo dia consagrado a Portugal na Expo’70 - Osaka, no Japão. No ACARTE dirigiu Hamlet e Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente.

Foi nomeado em 1979, conjuntamente com Amélia Rey-Colaço, para dirigir a “Companhia Nacional de Teatro I – Teatro Popular”, sediada no Teatro S. Luiz. Carlos Avilez faz, também, uma incursão no teatro lírico. De entre as óperas que encenou no Teatro Nacional de S. Carlos, destacam-se Carmen, Contos de Hoffmann, Kiu, As Variedades de Proteu, Ida e Volta e O Capote.

Foi Presidente do Instituto de Artes Cénicas, Diretor do Teatro Nacional D. Maria II e Diretor do Teatro Nacional de S. João. Fundou a Escola Profissional de Teatro de Cascais, a cuja Direção pertence, integrando, também, o corpo docente.

Foi agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Já lhe haviam sido atribuídas as Medalhas de Honra e Mérito Municipal da Câmara Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril e a Medalha de Mérito Cultural da Vila de Óbidos.

O seu trabalho de encenador tem sido distinguido com vários prémios: logo no início da carreira, o “Prémio António Pinheiro”, do SNI e o “Prémio de Imprensa”, pela encenação de D. Quixote, aos quais viria a somar, ao longo dos anos, prémios da crítica e de vários órgãos de comunicação social, de que se destacam vários “Se7e”, “Nova Gente” e “Globos de Ouro”. Prémio da Crítica 2015 - Distinção Particular ao Teatro Experimental de Cascais e a Carlos Avilez. Prémio Carreira e Obra da Sociedade Portuguesa de Autores.