O Grupo Ageas Portugal e a Fundação Ageas juntaram-se à RFM para uma iniciativa especial: dias 22 e 23 de junho, uma emissão de rádio de 28 horas que despertou consciências sobre a acessibilidade à Cultura. 

O acesso à Cultura e ao entretenimento é um direito de todos. Apesar disso, a realidade de muitas Pessoas, no seu dia-a-dia, prova que a acessibilidade à Cultura e ao mundo dos espetáculos continua a ter obstáculos e a precisar de desenvolvimentos e que, portanto, este direito ainda não é transversal.

Segundo o Censos 2021, 10,9% da população portuguesa vive com alguma deficiência ou incapacidade, relacionada com:

 Deficiência visual: cegueira, baixa visão, perceção da luz. Para as pessoas com alguma deficiência visual, a comunicação verbal é essencial, podendo ser necessários recursos específicos, em contexto de vida social e de trabalho (como audiodescrição, por exemplo).

Deficiência auditiva: surdez ou dificuldade auditiva. Por norma, pessoas com alguma deficiência auditiva recorrem à Língua Gestual Portuguesa (LGP), contudo, aqueles/as que sabem LGP integram uma minoria linguística.

 Deficiência motora, que implica o uso de muletas, bengalas, andarilhos, próteses e cadeira de rodas, como tal, têm uma mobilidade condicionada.

Daqui seguimos para a acessibilidade à Cultura e ao entretenimento, que ainda não é uma realidade para muitas destas Pessoas. Na verdade, acessibilidade é um caminho em constante desenvolvimento que deveria ser sinónimo de inclusão e permitir:

- A livre locomoção de pessoas com deficiência motora;

- Espaços adaptados (como casas de banho);

- Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa e/ou legendas automáticas em espetáculos;

- Audiodescrição em espetáculos para pessoas com deficiência visual;

- Bilhete de acompanhante gratuito.

Este é um caminho longo, mas é um caminho que o Grupo Ageas Portugal já começou a trilhar com o Teatro Nacional D. Maria II, com o Projeto de Acessibilidade Ageas TNDMII - um teatro de/ para todos/as.

Este Projeto, em 2023, terá duas características independentes: por um lado, fará parte do programa cultural que terá lugar em todo o país, através da Odisseia Nacional. Por outro, terá lugar nas obras de renovação e nos bastidores do TNDMII, uma aposta na acessibilidade, com grande impacto nacional.

Porque este é um tema com impacto, e que não se esgota facilmente, o Grupo Ageas Portugal e a Fundação Ageas juntaram-se à RFM para uma emissão de 28 horas dedicada ao debate da acessibilidade de pessoas com deficiência à cultura. Uma emissão na qual acreditamos que despertámos consciências em Portugal.

Quisemos consciencializar, pôr em cima da mesa um tema que é uma realidade para muitos/as.

RFM Sem Olhar a Quem decorreu das 6h da manhã de 22 junho até às 10h da manhã de 23 de junho, na parte exterior do Campo Pequeno com a presença de muitos artistas e agentes da Cultura. O objetivo foi perceber como encaram a inclusão de todas as pessoas nos espetáculos que organizam e em que participam, num despertar de consciências.

Contamos ainda com a ajuda da Access Lab, Parceira social da Fundação e entidade que trabalha o acesso de Pessoas com deficiência à Cultura e ao entretenimento, enquanto direito humano fundamental.

 Artistas presentes

Dia 22 de junho: 5ª Punkada, Beatriz Rosário, Matias Damásio, João Pedro Pais, Pedro Mafama, Nena, Syro, Bianca Barros, D.A.M.A, Anjos, Áurea, Calema, David Carreira, Átoa, Maninho e D’zrt.

Dia 23 de junho: Fingertips, Noble e Fernando Daniel.

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