Prevenção e diagnóstico precoce são o ponto de partida

07.11.2022

Entre os dias 7 de novembro e 2 de dezembro, o Grupo Ageas Portugal, a Fundação Ageas, a Médis e a Europacolon Portugal promovem a Campanha Nacional de Sensibilização para o Rastreio para o Cancro Colorretal.

O processo é simples, rápido e gratuito. O teste de "pesquisa de sangue oculto nas fezes" (PSOF) deve ser realizado numa das unidades aderentes [laboratório, posto de colheita ou farmácia] à escolha, sendo este o local onde se deve dirigir para levantar o kit de recolha e também entregar as amostras para análise.

Para quem optar pelo Laboratório ou Posto de Colheita é necessária a inscrição através do preenchimento do formulário online, aguardando a receção do SMS com o código de rastreio para levantar o kit no laboratório ou posto de colheita. Já na Farmácia, todo o processo é realizado presencialmente, sendo apenas necessário que a pessoa se desloque à farmácia selecionada para aderir e levantar o seu kit. A recolha é feita em casa pelo próprio. Se o resultado for positivo para sangue oculto nas fezes, as pessoas serão posteriormente contactadas pela Europacolon para saberem quais os passos a seguir.

Entre 2021 e 2022, participaram na Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal mais de 6000 pessoas, com 5% a testaram positivo para a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Importa ainda referir que, durante 2020, foram diagnosticados, em Portugal, 10501 novos casos de cancro colorretal, e mais de 4300 mortes, sendo a segunda neoplasia mais comum em ambos os sexos.

De acordo com os dados da International Agency for Research on Cancer, 90% dos casos são detetados a partir dos 50 anos, enquanto 85% surgem sem qualquer relação familiar. Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos. A realização de rastreios, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%.

O Movimento 45+ tem como principais objetivos não só promover o diagnóstico precoce, mas também contribuir para o tratamento atempado do cancro, melhorar o conhecimento da população portuguesa sobre a doença, os fatores de risco e o diagnóstico precoce, assim como referenciar e acompanhar as pessoas com diagnóstico positivo

Face aos números que se registam de ano para ano, há que assumir a prevenção e o diagnóstico precoce como um ponto de partida para combater o cancro do colorretal. O compromisso que assumimos perante a sociedade passa por sensibilizar a população acima dos 45 anos de idade para a necessidade do rastreio, e igualmente por aumentar o conhecimento sobre esta doença que é a segunda maior causa de morte em Portugal, sobre a prevenção e a deteção precoce
Patrícia Ramalho Responsável do Programa Movimento 45+

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