Estudo Saúdes 2023 aborda os Riscos Climáticos na Saúde

O Estudo Saúdes 2023 confirma que existe um elevado desconhecimento relativamente às Alterações Climáticas. 26.10.2023

O estudo de 2023, inserido no Projeto Saúdes, da Médis, vem confirmar que existe um elevado desconhecimento em relação às alterações climáticas, uma vez que estas aparecem apenas em 5º lugar nas inquietações que mais preocupam as Pessoas.

A Médis, marca do Grupo Ageas Portugal, lançou o 3.º estudo do Projeto Saúdes, desta vez com o mote “Riscos Climáticos e a Saúde dos Portugueses: futuro(s) por imaginar”. Este tem como principal objetivo contribuir para a produção de conhecimento e promover a reflexão pública sobre a relação entre os dois assuntos que estiveram em debate: a saúde e as alterações climáticas. A apresentação do estudo, que se realizou no Edifício Ageas Tejo, em Lisboa, contou com uma transmissão em direto na página de Facebook do Jornal Expresso, disponível para ver em diferido, na íntegra.

O presente estudo aborda quatro questões fundamentais: os riscos para a saúde que decorrem das alterações climáticas, o que sentem e o que sabem os portugueses sobre este tema, perceber se mais saúde é sinónimo de um melhor ambiente e, por fim, refletir sobre o tipo de futuro que podemos ter.

O tema das alterações climáticas tem ganho algum destaque nos últimos anos e 2023 não foi uma exceção. Este foi um ano onde foram óbvias as transformações climáticas que se deram a nível nacional e internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) refere mesmo que as alterações climáticas são “a maior ameaça à saúde que a humanidade enfrenta”. Por isso, e dada a pertinência e atualidade do tema, foram definidos cinco grandes riscos climáticos com um impacto direto na saúde das Pessoas:

  • As temperaturas extremas, ou ondas de calor;
  • A poluição do ar;
  • A poluição e escassez da água;
  • Os insetos transmissores de doenças infeciosas;
  • A saúde mental.

Estes riscos foram descritos, caracterizados e quantificados por especialistas, tendo em conta o impacto atual que têm na saúde da Sociedade portuguesa, e também tendo em conta o impacto futuro que podem vir a ter. Apesar da atualidade destas questões, não existe conhecimento suficiente relativamente a como prevenir ou reagir ao impacto das alterações climáticas na saúde dos portugueses/as. Nesse sentido, o Estudo Saúdes deste ano vem revelar alguns números que podem ajudar no debate:

  • Em 2022, as ondas de calor mataram 2 200 Pessoas em Portugal, e mais 61 mil por toda a Europa;
  • Devido à poluição atmosférica, 2 600 portugueses/as perderam a vida prematuramente. Também 238 mil Pessoas morreram no espaço comunitário pela mesma razão;
  • Em Portugal, a seca atingiu todos/as com uma maior intensidade. O mês de julho de 2023 foi o quinto mês mais seco dos últimos 20 anos;
  • A Saúde Mental é um dos temas com mais atenção. Existe uma clara ligação aos fenómenos climáticos em situações como, por exemplo, os incêndios de Pedrógão Grande, onde o risco pós-traumático das testemunhas aumentou 50%.

Ficamos a saber ainda alguns números relativos à perceção da população portuguesa sobre o impacto das alterações climáticas na saúde:

  • 96% assumem que já têm ou podem vir a ter problemas de saúde decorrentes dos riscos ambientais;
  • Quase 60% acreditam que as alterações climáticas já têm um impacto negativo na qualidade de vida dos portugueses;
  • 64% afirmam que a sua saúde já está a sofrer consequências devido ao impacto dos riscos ambientais e mais de 30% acredita que este impacto vai ser bastante claro no futuro;
  • Mais de 50% dos portugueses sentiu o impacto das alterações climáticas na sua saúde e na saúde daqueles que lhes são mais próximos.

Este estudo não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida para uma maior ação de todos: governo, instituições públicas, entidades privadas, áreas da saúde, do ambiente e da ciência. Todos somos precisos para que o cidadão comum passe da perceção ao conhecimento, capaz de gerar ação e transformação”, refere Maria do Carmo Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal.

O Projeto Saúdes surgiu em 2021, altura em que a Médis celebrava os seus 25 anos. A marca do Grupo Ageas Portugal tinha como objetivo devolver à Sociedade um pouco do tanto que esta lhe deu e, ao mesmo tempo, queriam colocar em prática a missão “fazer bem à saúde de todos”.

O estudo deste ano contou com a colaboração de cinco especialistas - Dra. Ana Horta, Dra. Susana Viegas, Dra. Carla Viegas, Dra. Sofia Núncio e Dr. Osvaldo Santos -, de uma consultora clínica – Dra. Inês Leal –, e de um escritor/autor – Gonçalo M. Tavares –, e com a orientação científica da Prof. Dra. Luísa Schmidt. Foi desenvolvido ao longo de nove meses e esteve sob a direção da Return on Ideas (ROI).

Em saúdes.pt encontra mais sobre este estudo em concreto e sobre o Projeto Saúdes.

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